Sorocabanos estão aprendendo gratuitamente como utilizar o Financiamento Coletivo
O curso, oferecido gratuitamente pela Secretaria da Cultura, termina na noite desta terça-feira
A Prefeitura de Sorocaba está promovendo, gratuitamente, o curso “Financiamento Coletivo – Como tirar sua ideia do papel com o apoio da multidão”, com Caio Tendolini, economista da Catarse, principal plataforma de financiamento coletivo do Brasil. A capacitação oferecida pelo Núcleo de Formação Cultural da Secretaria da Cultura (Secult) termina nesta terça-feira (dia 26), das 19h às 22h, no Salão Verde da Unidade Seminário da Prefeitura de Sorocaba.
O crowdfunding (financiamento coletivo, em português) já é uma prática no Brasil e no mundo. A ideia é bem simples: viabilizar um projeto por meio de contribuições de outras pessoas utilizando uma plataforma on-line, na qual são colocadas as informações do projeto e por meio da qual são feitas as transações bancárias para a arrecadação de valores.
No curso, cerca de cinquenta pessoas estão tendo a oportunidade de entender melhor o financiamento coletivo, desde seu histórico, conceitos e dicas práticas para quem quiser adequar e potencializar seu projeto para a captação em uma plataforma de financiamento coletivo.
No primeiro dia, Caio Tendolini explicou aos participantes como funciona o financiamento coletivo. “Qualquer um pode propor ou mesmo ajudar a financiar projetos coletivamente. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, foi financiado coletivamente, através de doações. O financiamento coletivo não é algo novo, nós só estamos utilizando a internet para fazer algo bem antigo: a vaquinha”, explicou.
Para utilizar este formato, o empreendedor determina o valor que precisa para realizar seu projeto e o período de campanha de arrecadação de dinheiro. “Dá bastante trabalho e uma regra básica é que o seu projeto seja criativo e tenha início, meio e fim, bastante claros e objetivos”, alerta o palestrante. Na Catarse, a média dos custos dos projetos é de R$ 25 mil e o período de campanha pode ser de um a sessenta dias. “Mais tempo não significa mais dinheiro, o mais importante é a intensidade com que você faz a sua campanha”, reforça.
A Catarse cuida da estrutura do site e das transações financeiras, mas é o autor do projeto que deve fazer a campanha nas redes sociais. O empreendedor só receberá o valor arrecadado pelo financiamento coletivo se atingir 100% da meta, caso contrário o dinheiro será devolvido aos investidores. De acordo com o economista da Catarse, 55% dos projetos inscritos na Catarse conseguem arrecadar o valor indicado.
Caio Tendolini ainda deu várias dicas aos participantes para chamar a atenção de possíveis financiadores, como a importância de se oferecer recompensas para cada cota de apoio listada no projeto. Eles ainda puderam verificar cases de sucesso da Catarse e tirar dúvidas sobre o assunto, desde a necessidade de prestação de contas do projeto até se um determinado projeto serve para o formato de financiamento coletivo.
A jovem publicitária Flavia Magagna, moradora do bairro Campolim, Zona Sul de Sorocaba, está participando da capacitação oferecida pela Secretaria da Cultura e se surpreendeu com a qualidade do curso. “Vim aqui porque tenho projetos sociais e muitas ideias na cabeça. Estou achando muito legal, mais interessante do que eu esperava”, elogiou a munícipe.
Na noite desta terça-feira, o professor analisará detalhes dos projetos dos participantes do curso para serem trabalhados nesta forma de financiamento. Mais informações sobre as atividades do Núcleo de Formação Cultural da Secretaria da Cultura pelo telefone (15) 3211.2911 ou pelo e-mail nfc@sorocaba.sp.gov.br
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