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Acessado em: 01/12/2025 - 14h59

Sorocaba apresenta índice satisfatório de infestação pelo Aedes aegypti

Por: Silvia Arruda – ssajo@sorocaba.sp.gov.br

Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES) continua atenta e reforça que população deve manter medidas preventivas contra a dengue dentro de casa

A Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES), por meio da Área de Vigilância em Saúde, divulgou nesta quinta-feira (20) o resultado da nova Avaliação de Densidade Larvária (ADL), levantamento que mostra a infestação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, em todas as regiões da cidade. O estudo feito pela Divisão de Zoonoses durante o último mês de julho, em parceria com a Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo (Sucen-SP), aponta que o índice larvário de seis áreas da cidade, delimitadas para o planejamento de ações de combate e controle da doença, ficou em 0,6%, ou seja, abaixo de 1% – classificação considerada como limite aceitável pelo Ministério da Saúde.

Segundo a diretora da Área da Vigilância em Saúde, Daniela Valentim dos Santos, a realização da ADL tem por objetivo quantificar o número de imóveis com a presença de larvas e pupas do mosquito transmissor da dengue na cidade. “Este estudo é preconizado pelo Ministério da Saúde para os municípios brasileiros considerados prioritários nas ações de combate à doença. Além disso, a ADL também integra o trabalho de monitoramento realizado pela Prefeitura de Sorocaba para avaliar o risco e direcionar o trabalho de controle do Aedes aegypti na cidade”, explica.

Para a realização da ADL, a zoonoses dividiu a cidade por regiões de atuação e os resultados foram os seguintes:

– Área Sudoeste (região das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Cerrado, Márcia Mendes, Jardim Simus, Sorocaba I e Wanel Ville): índice de infestação por Aedes aegypti 0,6

– Área Noroeste (Vila Barão, Lopes de Oliveira, Jardim Maria Eugênia, Nova Esperança, Jardim São Guilherme, Parque São Bento): índice 0,8

– Área Centro Norte (Vila Angélica, Vila Fiori, Jardim Maria do Carmo, Mineirão, Nova Sorocaba): índice 0,4

– Área Norte (Habiteto, Laranjeiras, Paineiras, Ulysses Guimarães, Parque Vitória Régia): índice 0,9

– Área Centro Sul (Barcelona, Lageado (UBS Escola), Vila Haro, Vila Santana e Vila Hortência): índice 0,5

– Área Sudeste (Aparecidinha, Brigadeiro Tobias, Cajuru, Éden e Vila Sabiá): índice 0,5.

Apesar do resultado positivo da ADL e dos índices apontados em todas as áreas da cidade estarem satisfatórios no momento da realização da pesquisa, Daniela informa que o volume de recipientes encontrados nos imóveis ainda é alto, o que preocupa muito a SES. “Com o início das chuvas, esses materiais se tornarão criadouros para o mosquito da dengue, aumentando a infestação na cidade e também o risco de uma nova epidemia da doença em Sorocaba”, alerta.

Criadouros encontrados

A veterinária da Zoonoses, Thaís Buti, explica que a ADL é realizada da seguinte forma: os quarteirões a serem trabalhados pelas equipes da Seção são sorteados de forma aleatória. Neles, os agentes buscam e coletam larvas de mosquito para análise. O índice é calculado com o número de casas com larvas sobre o número de casas trabalhadas.

Na ADL observa-se que o maior número de criadouros encontrados é formado pelos chamados recipientes móveis, com utilidade para o morador, como por exemplo: vaso de planta, prato, pingadeira, comedouro/bebedouro de animais, piscina desmontável, regadores, bandejas de geladeira e de ar condicionado, materiais de construção, entre outros. Em seguida aparecem os recipientes passíveis de remoção e/ou sem utilidade, como latas, frascos, plásticos, garrafas, lona, entulhos, peças/sucata, entre outros, e depois recipientes fixos (ralos, laje, calha, vaso sanitário/caixa de descarga, piscina, outros).

Ainda segundo o levantamento, os criadouros nos quais mais se encontrou larvas de Aedes aegypti foram os recipientes móveis com utilidade para o morador, seguido dos recipientes fixos, e depois dos recipientes passíveis de remoção e/ou sem utilidade, e depósitos para armazenamento de água não elevados com a mesma quantidade.

Thaís também chama a atenção da população: “É importante lembrar que o controle da dengue tem de ser feito durante o ano todo, independente dos números de casos, clima, época ou resultado da Avaliação de Densidade Larvária. O cuidado com as residências, empresas, terrenos deve ser constante, no mínimo semanal, para que os materiais não acumulem água parada. Ainda encontramos larvas e mosquitos da dengue em muitas casas pela cidade. Portanto, o cuidado neste momento pode ser determinante para a próxima temporada de calor”, diz.