A presidente do Fundo Social de Solidariedade (FSS), Maria Inês Moron Pannunzio, recepcionou na manhã desta segunda-feira (9) os cinco artistas plásticos que participarão, durante os próximos dez dias, da segunda edição do projeto Residência Artística. Os artistas permanecerão na Floresta Nacional de Ipanema (Flona), em Iperó, num processo de imersão para a criação de suas obras de arte. Os trabalhos serão expostos e, posteriormente, leiloados. Parte da arrecadação será destinada aos projetos sociais, de capacitação e formação de pessoas do FSS.
O projeto Residência Artística é uma iniciativa da Prefeitura de Sorocaba, desenvolvida em parceria com o Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (Macs) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), gestor da Flona de Ipanema. Neste ano, participam do processo os artistas Elen Gruber, Geraldo Souza Dias, Marcela Tiboni, Raquel Fayad e Rosângela Dorazio, selecionados entre 43 candidatos.
Como parte do processo de estímulo à criação, durante os próximos dez dias os artistas conhecerão mais a respeito da Flona de Ipanema. Com mais de 5 mil hectares de Mata Atlântica, com trechos de cerrado e várzea, trilhas ecológicas, o local abriga construções históricas da primeira siderúrgica da América Latina, fundada em 1818.
Classificando a arte contemporânea como “vida”, Maria Inês destacou a biodiversidade da Flona como inspiração à criação artística. “Investir em arte é um meio eficaz de transformar a sociedade. Com certeza, teremos neste curto espaço de tempo uma produção com qualidade significativa”, destaca.
Raquel Fayad, coordenadora do Museu Histórico “Paulo Setúbal”, em Tatuí, se interessou em participar da Residência Artística por ver semelhanças entre esta proposta com o trabalho que vem desenvolvendo ao longo do tempo. “O conhecimento propiciado pelo projeto, a ambientação oferecida pelo local e a convivência com diferentes estilos de arte vai contagiar todos nós. Será um aprendizado que vamos levar para fora daqui”, acredita.
O chefe da Flona de Ipanema, Alexandre Cordeiro, vê na Residência Artística uma oportunidade de levar outros olhares ao local. “Vivemos num período em que a população é muito urbana, que cresceu sem contato com a natureza. Assim, buscamos novas formas para reaproximar as pessoas do meio natural”, afirma. A presidente do Macs, Cristina Delanhese, classifica a parceria como “uma porta de entrada de mais artistas para o Museu, que aumenta sua estrutura e oferece mais arte e cultura à população”.
O Residência Artística tem como curador Paulo Klein, jornalista, fotógrafo, escritor e crítico de arte. Ao término do período de criação, no próximo dia 18, os trabalhos serão expostos na Flona e no Macs. Em seguida, eles serão leiloados, sendo dois terços da arrecadação destinada os projetos do FSS e um terço ao Macs.