Endereço: http://agencia-local.sorocaba.sp.gov.br/rede-municipal-se-organiza-para-implantar-um-sistema-de-protecao-escolar-e-de-justica-restaurativa/
Acessado em: 01/12/2025 - 02h05

Rede Municipal se organiza para implantar um Sistema de Proteção Escolar e de Justiça Restaurativa


 

Assuntos foram destaque em seminário realizado pela Sedu nesta sexta-feira (20)

 

A Secretaria de Educação (Sedu) e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) estão se organizando para implantar na Rede Municipal de ensino um sistema de proteção escolar e de Justiça restaurativa. O objetivo é mostrar a importância de envolver a comunidade como um todo em processos de resolução de conflitos dentro e fora das escolas, sem ter que recorrer à Justiça. Tais assuntos foram discutidos hoje (20) e figuraram como os temas principais do 1º Seminário de Proteção Escolar e Comunitária, realizado pela Prefeitura de Sorocaba, em parceria com o Governo do Estado, no auditório da Faculdade de Direito (Fadi) de Sorocaba.

A vice-prefeita Edith Maria Di Giorgi fez a abertura do evento – se dirigido a educadores das redes estadual e municipal, sobretudo nos Ensino Fundamental e Médio -, que contou com a presença do secretário Municipal de Educação, José Simões, e do dirigente regional de Ensino da rede estadual em Sorocaba, Marco Aurélio Bugni. “O primeiro passo é treinar toda a rede para entender o processo, pois, com esta proposta, não dá para resolver problemas sozinhos. É preciso montar uma rede envolvendo pessoal da educação, saúde, assistência social, entidades, Justiça”, disse.

Nesse contexto, para este semestre o Município programa a capacitação dessa rede de mediação de conflitos. “O primeiro passo é cuidar dos adultos, da rede de educadores, depois partir para a inserção do aluno e a comunidade nesse contexto”, revela Janete Alher João, psicóloga e gestora de desenvolvimento educacional da Sedu. Ela integra uma equipe de sessenta pessoas, divididas em quatro grupos, que se reúne quinzenalmente para discutir e intervir em situações de conflitos na Administração Municipal.

A juíza da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Sorocaba, Erna Thecla Maria Hakvoort, foi uma das palestrantes do Seminário e revelou que a Justiça Restaurativa começou a ser implementada no País há dez anos. “É uma nova forma de lidar com o conflito, uma oportunidade fantástica de permitir a mudança de comportamento da pessoa por meio do diálogo e busca de soluções.” Disse que, em Tatuí, há um grupo pioneiro na região montado com essa finalidade. “Agora vamos começar em Sorocaba e buscamos parceiros”, reitera. Os interessados em participar podem enviar e-mail para ehakvoort@tjsp.jus.br  

A vice-prefeita comentou que a maior parte dos adolescentes envolvidos em violência ou drogas está fora da escola. “Mas as escolas têm, inclusive, o papel fundamental de proteção e apoio a eles. Não é só pensar no aluno, mas também naqueles que comentem infrações e trabalhar para que ele volte e permaneça na escola, mantendo-o longe dos perigos.” A implantação da Justiça Restaurativa, dentro do eixo Prevenção ao Ciclo de Violência, consta no Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, que contém metas e prazos para a execução de medidas socioeducativas a serem realizadas em Sorocaba nos próximos dez anos.

        

Proteção Escolar 

 

Psicólogo, advogado, conselheiro estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado de São Paulo e chefe do Departamento de Ações Coletivas da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Edson Felix de Pontes falou no Seminário sobre “Proteção Escolar na Rede Estadual”. Ele defendeu a atuação do professor mediador comunitário. “A atuação do educador vai além dos muros da escola. Tudo passa por uma mudança de paradigma. É um novo perfil, com a proposta de resgatar os valores comunitários e essa maior proximidade está diretamente ligada à diminuição do envolvimento dos alunos com a violência ou drogas”.

A gestora da Sedu explica que as ações de proteção escolar e comunitária estão diretamente ligadas à Justiça Restaurativa e destaca o conceito da primeira. “À medida que todos forem envolvidos na reflexão sobre a escola, sobre a comunidade na qual se originam seus alunos, sobre as necessidades dessa comunidade, sobre os objetivos a serem alcançados por meio da ação educacional, a escola passa a ser sentida como ela realmente é: de todos e para todos”, frisa Janete.

De acordo com Janete, o Projeto Sorocaba Integra é um esboço do sistema de proteção envolvendo toda a rede de assistência e educação. A iniciativa, desenvolvida por meio de parceria entre a Sedes e a Sedu, está em andamento há seis meses e, só na área de educação, tem a participação de 45 pessoas que atuam em oito bairros aplicando essas diretrizes. “A cada quinze dias, se discutem assuntos pertinentes. É um primeiro passo, assim como este seminário, que serve para capacitar mais educadores a aderirem à proposta”, finaliza. 


Endereço: http://agencia-local.sorocaba.sp.gov.br/rede-municipal-se-organiza-para-implantar-um-sistema-de-protecao-escolar-e-de-justica-restaurativa/
Acessado em: 01/12/2025 - 02h05

Rede Municipal se organiza para implantar um Sistema de Proteção Escolar e de Justiça Restaurativa


 

Assuntos foram destaque em seminário realizado pela Sedu nesta sexta-feira (20)

 

A Secretaria de Educação (Sedu) e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) estão se organizando para implantar na Rede Municipal de ensino um sistema de proteção escolar e de Justiça restaurativa. O objetivo é mostrar a importância de envolver a comunidade como um todo em processos de resolução de conflitos dentro e fora das escolas, sem ter que recorrer à Justiça. Tais assuntos foram discutidos hoje (20) e figuraram como os temas principais do 1º Seminário de Proteção Escolar e Comunitária, realizado pela Prefeitura de Sorocaba, em parceria com o Governo do Estado, no auditório da Faculdade de Direito (Fadi) de Sorocaba.

A vice-prefeita Edith Maria Di Giorgi fez a abertura do evento – se dirigido a educadores das redes estadual e municipal, sobretudo nos Ensino Fundamental e Médio -, que contou com a presença do secretário Municipal de Educação, José Simões, e do dirigente regional de Ensino da rede estadual em Sorocaba, Marco Aurélio Bugni. “O primeiro passo é treinar toda a rede para entender o processo, pois, com esta proposta, não dá para resolver problemas sozinhos. É preciso montar uma rede envolvendo pessoal da educação, saúde, assistência social, entidades, Justiça”, disse.

Nesse contexto, para este semestre o Município programa a capacitação dessa rede de mediação de conflitos. “O primeiro passo é cuidar dos adultos, da rede de educadores, depois partir para a inserção do aluno e a comunidade nesse contexto”, revela Janete Alher João, psicóloga e gestora de desenvolvimento educacional da Sedu. Ela integra uma equipe de sessenta pessoas, divididas em quatro grupos, que se reúne quinzenalmente para discutir e intervir em situações de conflitos na Administração Municipal.

A juíza da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Sorocaba, Erna Thecla Maria Hakvoort, foi uma das palestrantes do Seminário e revelou que a Justiça Restaurativa começou a ser implementada no País há dez anos. “É uma nova forma de lidar com o conflito, uma oportunidade fantástica de permitir a mudança de comportamento da pessoa por meio do diálogo e busca de soluções.” Disse que, em Tatuí, há um grupo pioneiro na região montado com essa finalidade. “Agora vamos começar em Sorocaba e buscamos parceiros”, reitera. Os interessados em participar podem enviar e-mail para ehakvoort@tjsp.jus.br  

A vice-prefeita comentou que a maior parte dos adolescentes envolvidos em violência ou drogas está fora da escola. “Mas as escolas têm, inclusive, o papel fundamental de proteção e apoio a eles. Não é só pensar no aluno, mas também naqueles que comentem infrações e trabalhar para que ele volte e permaneça na escola, mantendo-o longe dos perigos.” A implantação da Justiça Restaurativa, dentro do eixo Prevenção ao Ciclo de Violência, consta no Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, que contém metas e prazos para a execução de medidas socioeducativas a serem realizadas em Sorocaba nos próximos dez anos.

        

Proteção Escolar 

 

Psicólogo, advogado, conselheiro estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado de São Paulo e chefe do Departamento de Ações Coletivas da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Edson Felix de Pontes falou no Seminário sobre “Proteção Escolar na Rede Estadual”. Ele defendeu a atuação do professor mediador comunitário. “A atuação do educador vai além dos muros da escola. Tudo passa por uma mudança de paradigma. É um novo perfil, com a proposta de resgatar os valores comunitários e essa maior proximidade está diretamente ligada à diminuição do envolvimento dos alunos com a violência ou drogas”.

A gestora da Sedu explica que as ações de proteção escolar e comunitária estão diretamente ligadas à Justiça Restaurativa e destaca o conceito da primeira. “À medida que todos forem envolvidos na reflexão sobre a escola, sobre a comunidade na qual se originam seus alunos, sobre as necessidades dessa comunidade, sobre os objetivos a serem alcançados por meio da ação educacional, a escola passa a ser sentida como ela realmente é: de todos e para todos”, frisa Janete.

De acordo com Janete, o Projeto Sorocaba Integra é um esboço do sistema de proteção envolvendo toda a rede de assistência e educação. A iniciativa, desenvolvida por meio de parceria entre a Sedes e a Sedu, está em andamento há seis meses e, só na área de educação, tem a participação de 45 pessoas que atuam em oito bairros aplicando essas diretrizes. “A cada quinze dias, se discutem assuntos pertinentes. É um primeiro passo, assim como este seminário, que serve para capacitar mais educadores a aderirem à proposta”, finaliza.