Reconstrução de travessias do córrego Itanguá põe fim a alagamentos

Por: Eduardo Santinon – esantinon@sorocaba.sp.gov.br

Chuvas desta semana serviram como teste para medir eficácia das obras emergenciais feitas nas avenidas Américo Figueiredo e Adão P. de Camargo

As chuvas intensas desta semana serviram como teste para mostrar que a reconstrução do sistema de drenagem do córrego Itanguá, sob as pistas das avenidas Américo Figueiredo e Adão Pereira de Camargo, nos bairros Parque Esmeralda e Jardim Simus, respectivamente, surtiram o efeito desejado e evitaram alagamentos nesses dois pontos.

As obras emergenciais de travessia na Av. Adão Pereira de Camargo tiveram início no dia 15 de abril, simultaneamente àquelas no trecho da Av. Américo Figueiredo. Esta última foi concluída no dia 12 de junho, enquanto a primeira foi finalizada 18 de julho, embora o trânsito pelo local já estivesse liberado desde 25 de junho. Nos dois casos, os trabalhos ficaram sob a responsabilidade de execução da empresa Ellenco, a um custo total de R$ 2.507.538,96. “O volume de água que passou pelas travessias foi enorme e o dispositivo funcionou como tínhamos planejado”, destaca o secretário de Mobilidade, Desenvolvimento Urbano e Obras (Semob), Antonio Benedito Bueno Silveira.

Ponto final

O cabeleireiro Nilton Amauri de Souza, 30 anos, mora há 20 anos no Jardim Simus e, há um mês, montou seu salão justamente na Av. Américo Figueiredo. Ele conta que ficou satisfeito com a nova rede de drenagem instalada. “Definitivamente, colocaram um ponto final na questão de alagamentos nesse ponto. Com água não se pode brincar”, elogia.

Os novos ‘pontilhões’ têm um vão livre de oito metros de largura, por quatro metros de altura, o que permite maior vazão de água. “Cabe um caminhão dentro do buraco e não tem mais problema de ficar enroscando sujeira e entupindo tudo” completa Nilton. O secretário da Semob explica que os alagamentos que aconteciam nos dois pontos eram decorrentes do entupimento das antigas galerias feitas de tubo.

“Ficou ótima a obra. Isso nos dá mais tranquilidade em épocas de chuva. No passado, uma chuva como a da última terça-feira teria alagado tudo por aqui”, acredita Célio Duarte, 39 anos, funcionário de um minimercado próximo à travessia da Av. Adão Pereira de Camargo. “Foi um teste e tanto”, complementa.

Intervenções

Segundo informações da Semob, as chuvas desta semana não provocaram problemas decorrentes de má execução das obras de drenagem. “Houve alguns casos pontuais de erosão nos taludes decorrentes do excesso de chuva”, analisa o secretário. Na passagem da Av. Américo Figueiredo a erosão ocorreu devido ao alagamento de dois poços de visita, o que fez com que parte das placas de grama recém-plantadas se soltassem. “No local o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) vai colocar duas escadas hidráulicas para evitar que a situação se repita.”

Na travessia da Av. Adão Pereira de Camargo, pedras do talude se desprenderam, o que também será recomposto pelo Saae. Na próxima semana, caso a chuva não atrapalhe, ainda serão plantadas gramas nas encostas do córrego, serviço semelhante ao executado na Av. Américo Figueiredo.

Morador há oito anos na Rua José Angelo Fazano, no Parque Esmeralda, o tapeceiro Edivaldo da Silva Pereira, 48 anos, conta que perdeu a conta de quantos alagamentos presenciou no local. “Resido na parte de cima deste imóvel, mas a família que morava na parte debaixo teve que sair porque a água invadiu tudo no início do ano. Agora o dono está refazendo o muro que caiu, já que não tem mais risco de alagamento”.

Segundo a Semob, a obra é garantia de maior segurança não só para a vizinhança, como também para quem transita pelas duas avenidas, que estão entre as principais da cidade. “Não precisava nem chover muito para o córrego transbordar e complicar a vida das pessoas por aqui”, reitera o estudante Marcos Moura, 19 anos, também morador da Rua José Angelo Fazano. “Não é porque minha casa nunca alagou que não sofri com o problema. É questão de qualidade de vida, o que todos ganharam por aqui”, finaliza.

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