A Prefeitura de Sorocaba promove neste sábado (dia 26), das 9h às 12h, a oficina gratuita de Plantas Medicinais no Jardim Botânico “Irmãos Villas-Bôas”. Na ocasião, os sorocabanos terão a oportunidade de conhecer mais sobre a utilidade e formas de cultivo de algumas espécies vegetais utilizadas com propósito terapêutico, como o guaco, capim-cidreira, erva-cidreira, melissa e boldo.
A atividade integra a programação especial em comemoração ao Dia da Árvore (21 de setembro) e a Semana Municipal de Medicina Tradicional Chinesa e Práticas Integrativas e Complementares, que ocorre até o dia 30 de setembro. O objetivo da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) é aproximar a população sorocabana das questões ligadas à arborização urbana, a importância e a utilidade das espécies.
“A oficina será dividida em duas partes. Na primeira, a professora Magali Glauzer Silva, da Universidade de Sorocaba (Uniso), vai falar sobre os fitoterápicos e demonstrar como pode ser feita a decocção e a infusão de alguns chás e as formas de utilização destas plantas medicinais. Na segunda parte, os participantes terão aula prática de cultivo destas plantas, como reproduzi-las, além de cuidados e dicas de manutenção das espécies para tê-las em casa”, explica José Carmelo de Freitas Júnior, técnico ambiental da Secretaria do Meio Ambiente.
As pessoas interessadas em participar devem se inscrever no próprio local, momentos antes do início da atividade. São oferecidas 20 vagas. Mais informações pelo e-mail jardimeducador@gmail.com[1] ou pelo telefone (15) 3227.9996.
O Jardim Botânico funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, e está localizado na rua Miguel Montoro Lozano, 340, no Jardim Dois Corações. A entrada é gratuita.
Exposição
Os visitantes do Jardim Botânico também podem conferir até o dia 30 de setembro a exposição “Plantas Medicinais do Cerrado” no Palacete de Cristal. No local, a população pode conhecer dez espécies nativas da região de Sorocaba com propriedades terapêuticas em estudo, como Jatobá, Dedaleiro, Barbatimão, Jenipapo, Angico, Jacarandá-caroba, Ipê-roxo-de-bola, Vassourinha, Embaúba e Aroeira-preta.
“A ideia é divulgar a importância da conservação das plantas nativas e a necessidade de se fazer estudos sobre o uso medicinal destas espécies. Algumas comunidades alternativas utilizam estas plantas para este fim, mas precisamos de estudos científicos que comprovem a utilidade de cada uma e elas sejam devidamente registradas para que possam ser utilizadas em nosso país. Estas plantas podem trazer a cura para várias doenças”, explica José Carmelo.
O Dedaleiro, por exemplo, é utilizado popularmente em algumas comunidades como cicatrizante, a partir do cozimento de seu caule. Outra forma de preparo é a sua maceração, com o conteúdo usado para banhar feridas. O pó obtido de suas folhas secas pode ser usado nas refeições, como recomendação para auxiliar no tratamento de gastrite e úlceras.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, com diversos tipos de vegetação encontradas entre formações campestres, savânicas e florestais. É considerado como um hotspot da biodiversidade (região que é simultaneamente uma reserva de biodiversidade e que pode estar ameaçada de destruição), abrigando 11.627 espécies de plantas nativas catalogadas. Destas, 220 possuem alguma propriedade medicinal em estudo.