Foto: Zaqueu Proença

O prefeito Antonio Carlos Pannunzio abriu oficialmente os trabalhos do 1º Fórum da Rede de Atenção Psicossocial de Sorocaba (RAPS), que contou com a presença de representantes, além da Área de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (SES), do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O encontro, que foi realizado na manhã desta sexta-feira (16), lotou o auditório do câmpus local da Universidade Paulista (Unip) e marcou a passagem do Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado no dia 10 de outubro.

Durante o discurso de abertura do Fórum, Pannunzio aproveitou para destacar os avanços da cidade na Área de Saúde Mental desde que assumiu o Governo Municipal, em 2013. Falou do cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que foi assinado no final de 2012 e do que foi realizado desde então. Entre as conquistas, citou a abertura de três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) 24 horas no município (Sorocaba não contava com nenhum deste modelo desde então), a implantação de 26 Residências Terapêuticas e, principalmente, o fechamento de três hospitais psiquiátricos e a transformação do Hospital Vera Cruz em Polo de Desinstitucionalização – hoje com 480 pacientes.

“Na realização deste Fórum, Sorocaba mostra mais uma vez que o processo de desinstitucionalização é possível, mas ele pode ser acelerado se todos os entes federados fizerem sua parte”, disse o prefeito, lembrando que o TAC é assinado não só pelo município, mas por representantes do Governo do Estado de São Paulo e Ministério da Saúde. “A União continua repassando a verba para a Saúde Mental. O município investe, desde o começo, os dois terços restantes”, falou.

O secretário da Saúde, Francisco Antônio Fernandes, avaliou como muito importante a realização deste Fórum, principalmente neste momento em que Sorocaba passa na área da Saúde Mental. Enalteceu a participação de todos os profissionais não só da SES, mas também de outras secretarias municipais neste processo e também de todos os signatários do TAC. “Uma andorinha só não faz Verão”, citou.

O representante e assessor técnico da Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, Enrique Bessoni, representante e assessor técnico da Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, também fez parte da mesa de abertura do Fórum e afirmou que “hoje vemos um processo real de desinstitucionalização em Sorocaba”.

Rosângela Elias, coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Drogas da SES/SP disse que “o movimento que a gente vê acontecendo em Sorocaba, na reestruturação da RAPS e no processo de desinstitucionalização, é um exemplo para o Estado de São Paulo e para o Brasil” e falou ainda que “brilhantemente, Sorocaba está enfrentando a situação e inspirando outros municípios”.

Também compuseram a mesa de abertura do I Fórum da RAPS de Sorocaba a vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Social de Sorocaba, Edith Maria Di Giorgi e a coordenadora da Área de Saúde Mental da SES, Mirsa Elisabeth Dellosi, que também foi mediadora das mesas redondas do evento.

Mesas Redondas

Foram abordados os seguintes temas no 1º Fórum da RAPS de Sorocaba: “Ferramentas do Cuidado em Saúde Mental na Atenção Básica”, por Rosângela Elias, coordenadora Estadual de Saúde Mental; “Rede de Atenção Psicossocial (RAPS): possibilidades e desafios”, por Fernando Sfair Kinker, terapeuta ocupacional, doutor em Ciências Sociais e docente da UNIFESP; “O papel dos centros de Atenção Psicossocial no Contexto da RAPS”, por Suzana Campos Robortella, médica psiquiatra, mestre em Saúde Coletiva e ampla experiência no processo de mudança de modelo na atenção em Saúde Mental; “O apoio matricial em Saúde Mental na Atenção Básica”, por Rene Rogério Pereira, psicólogo do CAPS Itapeva, pedagogo do Instituto Sintaxe, docente da Redesampa em Atenção à Crise e Mestre em Literatura e Crítica Literária e “A experiência do Consultório na Rua”, por Marina Decot, psicóloga que implantou e coordenou o Programa de Consultório na Rua em Mauá.

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