Jovens aprendem sobre biomas brasileiros no “Férias na Bica”
Por: Esdras Felipe Pereira (Programa de Estágio) Supervisão: Eduardo Santinon – esantinon@sorocaba.sp.gov.br
Foto: Emerson Ferraz - eferraz@sorocaba.sp.gov.br
Luis Gustavo Garcia Couto, 16 anos, tem afinidade com a biologia e a natureza. Desde os 7 frequenta os cursos de férias oferecidos pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Neste ano não poderia ser diferente. Na manhã desta terça-feira (12) estava entre os 40 adolescentes de 12 a 17 anos que participaram do primeiro dia do “Férias na Bica”, que segue até sexta-feira (15) no Parque da Biquinha, em Sorocaba.
O tema do curso são os biomas brasileiros. Por isso, os participantes foram divididos em quatro grupos: Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Amazônia. A divisão foi feita conforme as idades dos jovens (dos mais novos aos mais velhos), explica a coordenadora de Educação Ambiental Cristiane Crispim.
Além de adquirirem conhecimento de maneira lúdica, com atividades em forma de gincana, os adolescentes têm a possibilidade de conhecer mais sobre algumas profissões ligadas ao meio ambiente, o que serve de estímulo para uma futura escolha. “Falamos sobre o trabalho de um engenheiro ambiental, policial ambiental e biólogo, entre outros”, diz Cristiane.
Couto, o frequentador assíduo dos cursos de férias da Sema, tem na ponta da língua o que deseja cursar: biologia. “Já estou fazendo curso de técnico em meio ambiente”, conta orgulhoso. Ao seu lado, está o amigo e companheiro das atividades, Alexandre Augusto Alves Machado, da mesma idade. “Também quero ser biólogo, não tenho dúvidas disso”, projeta.
Inspiração
Servindo de inspiração aos participantes, vários integrantes da equipe de Educação Ambiental mostram conhecimento ao falar sobre os diferentes biomas nativos. Além deles, alguns voluntários também conversam com os jovens.
Lá está Giovan José dos Santos, 24. Indígena, o rapaz é estudante de ciências biológicas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba. Ele, sem dúvidas, tem grande capacidade para informar sobre o bioma para o qual foi designado: a Caatinga.
“O nome (Caatinga) foi dado por povos indígenas e significa mata branca, por conta da coloração clara. Com o que vou falar, quero mostrar a eles que não é um ‘ambiente hostil’ e que tem variedade de biodiversidade, ao contrário do que muitos pensam. Eu moro lá e sei muito bem que é um bioma rico e cheio de espécies”, declara Giovan.
O estudante universitário, embora domine o assunto, garante ser difícil definir o que a Caatinga lhe representa com apenas uma palavra. A resposta, porém, vem à tona após alguns segundos de reflexão. “Acho que a Caatinga representa bem a adaptação e a coragem do homem em viver, independente de onde estejamos. O que eu diria da caatinga é que remete à força”, assinala.
Atividades prosseguem
A oportunidade de ter contato e aprendizado no que diz respeito à natureza segue até sexta-feira aos participantes do “Férias na Bica”. No último dia eles terão o tradicional jogo noturno, uma atividade de caça ao tesouro que encerra as atividades.
“A ideia desses cursos de férias nos parques de Sorocaba é que os participantes saiam de casa, não fiquem só em frente ao computador, televisão, e venham ter contato com a natureza, brincar e conhecer um pouco do papel deles em relação ao cuidado com o meio ambiente”, finaliza Cristiane.
