A Guarda Civil Municipal (GCM), por meio do Programa Patrulha Escolar Comunitária, garantirá a segurança aos alunos das escolas públicas que retomam suas atividades já na próxima segunda-feira (2), quando o Estado inicia o calendário escolar. 

De caráter permanente, o serviço é prestado durante todo o ano numa ação de patrulhamento preventivo pelo perímetro escolar. Um efetivo de 64 guardas em viaturas Gol e motocicletas formam 19 equipes de patrulha no período da manhã e 11 equipes no período que compreende a tarde/noite. As atividades serão intensificadas a partir do dia 9 de fevereiro, quando as escolas da Rede Municipal de Ensino voltarem à ativa.

Todos os guardas municipais estão capacitados na proteção da comunidade escolar, usando a filosofia de trabalho de polícia de aproximação. A “Guarda Cidadã” consiste na interação com a comunidade, coletando dados por meio de informações essenciais para a criação de diagnósticos norteadores das “Ações Integradas de Segurança”.

“Conseguimos identificar demandas como a necessidade de instalação ou manutenção de faixas de travessia, a mobilidade de ruas e calçadas ou iluminação pública inadequada”, conta o comandante da GCM, Benedito da Silva Zanin. Segundo ele, os guardas municipais ainda estão muito atentos a questões como  descrição de pessoas, veículos ou estabelecimentos comerciais suspeitos, presença de traficantes, pedófilos, ou qualquer atividade, pessoa ou condição de ambiente que tenha potencial nocivo à segurança da comunidade escolar.

Como funciona

O Programa Patrulha Escolar Comunitária é dividido em quatro fases operacionais. A primeira é, justamente, com a volta às aulas, onde o patrulheiro faz o reconhecimento da área de atuação, se aproximando das pessoas daquela comunidade e identificando eventuais problemas. A partir desta Fase de Coleta de Dados, se obtém o mapeamento da área a ser patrulhada e, com isso, começa a segunda etapa do trabalho que é a criação de diagnósticos, indicando ações pontuais, como, por exemplo, a fiscalização de um bar suspeito no entorno ou a implantação de uma faixa de pedestres.

Criado o diagnóstico, inicia-se a terceira fase que são as “Ações Integradas de Segurança”, de acordo com a necessidade. Elas vão desde operações policiais e fiscalização até a manutenção de uma via ou calçada. A quarta e última fase é composta por atividades socioeducativas que culminam em atendimento especializado nas instituições e, de acordo com a faixa etária dos alunos, são realizadas palestras, teatro de fantoches e teatro infantil onde os agentes da GCM abordam aspectos da cidadania, do meio ambiente, de defesa civil e trânsito. Além disso, tudo o que diz respeito aos riscos das drogas, seus efeitos e como obter ajuda é tratado de forma a   conscientizar crianças, adolescentes e jovens para a importância em se manter distância desse problema.

“O objetivo do Programa é atingir 95% de Ações Preventivas, 4% de Ações de Encaminhamentos Especializados (NAIS, Conselho Tutelar, Instituições com Atividades Socioeducativas, Internações Voluntárias, etc.) e apenas 1% dos casos deverão ser levados à apreciação da Delegacia da Infância e Juventude e da Vara da Infância e Juventude para medidas coercitivas”, explicita Benedito Zanin, reiterando que “a Guarda Municipal é protetora da comunidade escolar e as ações repressivas são voltadas às atividades nocivas que possam comprometer sua segurança”.

Números 

Em seu terceiro ano de implantação, o programa registrou 66 prisões de traficantes, 3.561 apreensões de porções de drogas e de três armas, em 2014. Atendeu a 26 mil pais e alunos das escolas locais com palestras, teatro infantil, teatro de fantoches e a presença do “Cão Terapeuta” e dos Palhacinhos da Alegria”. Encaminhou seis internações voluntárias de dependentes químicos e promoveu centenas de orientação de autoajuda. 

Colaborou: GCM Liuti – Relações Comunitárias

Tags:Educação, Educação, GCM, GCM