Centro de Monitoramento de Dengue da Zona Leste funciona até sexta-feira
Atendimento volta a ser feito de 2ª a 6ª feira nas UBSs e UPHs e, no final de semana, exclusivamente nas três unidades de urgência e emergência
Como parte do processo de desmobilização da rede ambulatorial, a partir da redução do número de atendimentos após o fim da epidemia de dengue em Sorocaba, a Secretaria da Saúde (SES) informa que o Centro de Monitoramento de Dengue (CMD) da Zona Leste funcionará somente até esta sexta-feira (5). A partir do sábado, o atendimento será redirecionado para as três Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) da Zona Leste, Oeste e Norte (aos finais de semana) e, de segunda a sexta-feira, voltam o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
O CMD da Zona Leste funciona desde o dia 7 de março em pareceria com o Banco de Olhos. O número de atendidos no local está em queda e a atual demanda não comporta mais a manutenção de uma unidade desse porte, aponta Daniela Valentim, chefe da Área de Vigilância em Saúde da SES. “Não compensa manter esse Centro sem pessoas para atender, o que implica em custos que poderiam ser investidos em outras necessidades.”
O maior movimento no CMD da Zona Leste ocorre nos finais de semana, quando as UBSs estão fechadas. A unidade tem apresentado queda de atendimento nas últimas cinco semanas: nos dias 25 e 26 de abril eram 559 pacientes, contra 63 do último sábado e domingo (30 e 31 de maio). O pico de atendimento ocorreu nos dias 11 e 12 de abril, com 714 registros.
Nesta semana, o CMD da Zona Leste registrou 15 atendimentos na segunda-feira (01/06) e outros 07 na terça-feira (02/06). “Está vazio. Nesta quarta-feira (03/06) somente quatro pessoas passaram por aqui até o início da tarde, sendo que apenas uma para fazer hidratação”, comenta a técnica de enfermagem Priscila Bonow da Silva, que atua na referida unidade.
O CMD da Zona Leste é o segundo na cidade que fecha. O outro, na Zona Norte, que também integrou a rede de monitoramento durante parte do período de epidemia, e operou em parceria com os Mórmons, deixou de funcionar no dia 23 de maio, também devido à diminuição da procura.
Alerta
“É hora de desmobilizar a rede, mas não de interromper os cuidados na prevenção da dengue e no tratamento da doença”, alerta a chefe da Área de Vigilância em Saúde. Ela alerta que os novos casos de dengue vem diminuindo na cidade nas últimas sete semanas, mas não zeraram.
Quem apresentar os sintomas da dengue deve procurar atendimento na rede municipal de saúde, para fazer o monitoramento do caso e receber hidratação. “Do contrário, a doença pode agravar e há risco de morte, sobretudo para pessoas mais idosas e portadoras de doenças crônicas”, diz Daniela.
Os arrastões de eliminação de criadouros de larvas do mosquito transmissor e de orientação da população, bem como as nebulizações continuam em Sorocaba, conforme programação semanal. “Todo mundo tem que colaborar com as ações preventivas, sempre. Todo cuidado é pouco quando o objetivo é evitar uma nova epidemia no próximo ano”, reforça Daniela Valentim, lembrando que com o fim da epidemia muitos sorocabanos voltaram a dificultar a atuação dos agentes de saúde nos arrastões e ações de nebulização. “A prevenção tem de continuar”, finaliza.