Foto: Assis Cavalcante

Desenvolvida pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Serviços Públicos (Serp), a operação cata-treco vem dando uma grande contribuição para o combate ao Aedes aegypti em Sorocaba. Iniciada em outubro do ano passado, a operação chegou nesta quinta-feira (25) ao seu 80º dia com um saldo de 632 toneladas de materiais recolhidos.

A ação que tira de residências materiais inservíveis, geralmente acumulados em quintais, fez na manhã desta quinta-feira (25), nas Vilas Zacarias, João Romão e Sabiá, o maior recolhimento em relação aos demais 79 dias da campanha que já percorreu dezenas de bairros da área urbana de Sorocaba. Foram recolhidas aproximadamente 15 toneladas de materiais que exigiram seis viagens, duas por cada um dos três caminhões que atendem à operação. Na média do período, cada dia de trabalho registrou o recolhimento de cerca de 9 toneladas, sendo uma viagem por veículo até o Aterro de Intertes, para onde o material é transportado.

As vizinhas Maria Aparecida da Silva e Leonor da Silva, moradoras da Rua José Rodrigues Delpino, da Vila João Romão, acordaram cedo nesta quinta-feira (25) para colocar na calçada os materiais que estavam atrapalhando. “É uma boa ação essa da Prefeitura. Tinha algumas coisas, cadeiras quebradas, restos de móveis que há tempos eu esperava uma oportunidade pra mandar embora”, conta Maria Aparecida.

Por onde passam, os caminhões da operação cata-treco recolhem eletroeletrônicos queimados ou corroídos, utensílios domésticos em desuso, pneus, móveis, colchões, geladeiras, embalagens de vidro, metal, papel e de plástico. Além de atentar para a saúde preventiva da população, a operação cata-treco ainda colabora com o meio ambiente, pois evita que objetos sejam descartados em locais inapropriados.

Para fazer o descarte correto desse material, normalmente armazenado nos quintais das casas, o cidadão é obrigado a contratar o serviço de uma empresa de caçambas, o que gera custo. Daí o fato de a população aproveitar o cata-treco para se livrar de materiais inservíveis sem precisar pagar qualquer valor por isso.

Foi o que fez o aposentado João Ferreira, morador da Rua Adelino Scarpa, também da Vila João Romão. Colocou na calçada uma pequena montanha de móveis quebrados e pedaços de bicicleta, entre tantos outros materiais. “A gente vai trazendo e guardando, quando percebe já não cabe mais em casa. Essa iniciativa da Prefeitura é boa pra todo mundo”, agradeceu.

O sistema de recolhimento de materiais também colabora com a erradicação de possíveis criadouros do Aedes aegypti, transmissor da dengue e das febres zika e chikungunya.

Neste trabalho não são aceitos lixo doméstico, entulho (resíduos de construção), resíduos de capina e poda (folhas, galhos e mato em geral). Nesta sexta-feira (26), a operação cata-treco percorrerá as ruas da Vila Colorau.

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