Café das Pretas celebra Dia da Mulher Negra em Sorocaba
Por: Secom
Um café da manhã com um cardápio recheado de alegria, cultura, comemoração sobre as conquistas, mas também reflexão sobre a necessidade permanente por garantias de direitos e pelo combate à discriminação marcou o Café das Pretas, promovido pela Secretaria da Cidadania e Participação Popular (Secid) e pelo Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Sorocaba (CMPDCNS) nesta quinta-feira (25), na Sociedade Cultural Beneficente 28 de Setembro. O encontro marcou as passagens do Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e do Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
A primeira edição do Café das Pretas ocorreu em 2018, com o objetivo de propiciar trocas de experiências e debates sobre a discriminação étnica e as diferentes formas de preconceito. “O segundo Café mostra que este é um espaço já conquistado por nós. Vamos nos empenhar para que possamos crescer sempre e pensarmos unidas em meios para conscientizar cada vez mais a sociedade na prevenção e combate ao racismo”, destacou a coordenadora da Igualdade Racial da Secid, Joana Almeida. O presidente do CMPDCNS, José Marcos de Oliveira, destacou a importância da mobilização em torno das causas raciais e femininas. “Gratidão em poder estar com mulheres maravilhosas com suas diversidades e que lutam pela igualdade racial”, citou.
A secretária Suélei Gonçalves parabeniza a atuação conjunta de representantes do Poder Público e da sociedade que viabilizaram a organização do Café das Pretas. “Causas fundamentais, como a igualdade racial, precisam de conscientização permanente. Iniciativas como as de hoje são um exemplo prático de mobilização e participação social que podem fortalecer ações que cheguem à população”, acredita. Presente no Café, a chefe da Ouvidoria Geral do Município, Marina Elaine Pereira, agradeceu pela oportunidade de conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelos movimentos representativos e de igualdade racial da cidade. “Conheci pessoas que, sem dúvida, enobrecem o povo sorocabano. Fiz questão de demonstrar o empenho da Ouvidoria e mostrar que estamos sempre para somar e ajudar na transformação de Sorocaba em uma cidade democrática e que se preocupa com o seu povo”, enfatizou.
A vereadora Fernanda Garcia, autora da Lei n.º 1812/2018, que incluiu o Dia da Mulher Negra no calendário de eventos da cidade, destacou o 25 de julho “como um marco internacional, nacional e agora municipal da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero e o racismo”, defendendo a busca por visibilidade e reconhecimento.
Saiba os motivos da data
O Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra foi instituído por meio da Lei nº 12.987, de 2 de junho de 2014. A inspiração veio do Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, marco internacional da luta e da resistência da mulher negra, criado em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana.
Nascida no século 18, Tereza de Benguela chefiou o Quilombo do Piolho – ou Quariterê – nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso. Sob seu comando a comunidade cresceu militar e economicamente, incomodando o governo escravista. Após ataques das autoridades ao local, Benguela foi presa e veio a cometer suicídio após se recusar a viver sob regime de escravidão.]
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