Os estudantes da Escola Municipal “Matheus Maylasky” participaram, no dia 21 de dezembro do lançamento do livro de autoria própria “Nossas Histórias”, na 3ª edição da Feira do Livro e Autores Sorocabanos (FLAUS), realizada na praça Coronel Fernando Prestes, no centro da cidade.
Ao longo do ano, os estudantes realizaram, sob a coordenação da professora Vânia Érica Rodrigues do Nascimento, um projeto literário que desenvolveu a escrita[1], o exercício de correção e o conhecimento mais detalhado sobre autores clássicos, tais como Stanislaw Ponte Preta, Machado de Assis, Luis Fernando Veríssimo, Câmara Cascudo e alguns autores locais.
A ação culminou na criação do livro e proporcionou aos estudantes momentos inesquecíveis. A participação na FLAUS trouxe aos jovens escritores todo o clima do lançamento de um livro, além de contato com experientes escritores locais.
Conhecido por suas colunas bem-humoradas nos jornais da cidade, o escritor Celso “Marvadão” Ribeiro estava no evento e salientou a importância da participação dos estudantes. “É um momento de renovação, sobretudo numa era que muitos dizem que os livros impressos estão acabando. Discordo disto e percebo que com ações como essa atividade literária realizada com os alunos traz uma ligação muito forte com universo literário”, comemora o escritor.
O autor do livro ‘Contos de uma cidade morta’, Luciano Leite, também presente ao evento, explica que a FLAUS traz um grande benefício para os estudantes. “Eles poderão se enxergar dentro desta seara de possibilidades da escrita, onde poderão se encaixar melhor e aprimorar suas preferências. Esse trabalho do ‘Maylasky’ é muito importante para os alunos e para nós, que já estamos em atividade, para que nos reciclemos com novas ideias e linguagens destes jovens”, disse.
Além de lançamento de livros, o evento contou com sarau literário, contação de histórias, roda de conversa, bate-papo com autores e homenagem ao historiador José Rubens Incao.
Escrita e ilustração
Um dos escritores do livro, o estudante de 14 anos, Vinícius de Morais, destacou que a atividade contou com um grande esforço coletivo. “Poder escrever uma história e ver que depois ela se tornou um livro é algo gratificante. Desenvolvemos um grande trabalho em equipe e certamente criamos um estímulo muito maior para ler”, revelou.
A estudante e ilustradora da obra, Ana Laura de Oliveira Modanhesi, contou sobre sua participação com os desenhos no livro. “Eu gostei bastante de ter sido ilustradora, mas desenhar para um livro não é tão simples assim. É necessário ler várias vezes o exemplar e criar ilustrações contextualizadas com a história”, explicou.