Alunos da rede municipal conquistam o segundo lugar na Mostra Brasileira de Foguetes
Por: Pedro Guerra – pguerra@sorocaba.sp.gov.br
Foto: Assis Cavalcante
Evento foi realizado no estado do Rio de Janeiro
Alunos da Escola Municipal “Leonor Pinto Thomaz” conquistaram a segunda colocação numa competição realizada durante a Mostra Brasileira de Foguetes que aconteceu na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. A Mostra, que reuniu estudantes do 1º ao 3º anos do Ensino Médio, de escolas públicas ou privadas, cujos projetos obtiveram alcances maiores ou iguais a 140 metros.
O voo do foguete feito pelos alunos de Sorocaba teve um alcance de 250 metros. A distância de voo dos foguetes é aquela medida perpendicularmente entre a linha de lançamento e a linha imaginária que passa pelo foguete e é paralela à linha de lançamento. Não foi medida a distância entre o ponto de lançamento e ponto de parada do foguete.
“Nosso foguete é feito exclusivamente com garrafas pet e aletas de papelão”, explica João Victor de Almeida Prado, de 16 anos, do 2º ano. O único combustível utilizado foi vinagre, bicarbonato e água. “A água nós colocamos em uma bexiga para que não ocorresse o contato direto com o bicarbonato e o vinagre”, explica João Victor. Uma rolha com uma agulha foi colocada para furar a bexiga. “Dessa maneira tivemos uma reação melhor e liberando o CO2”, conclui o estudante.
A reação química que ocorre entre o vinagre (ácido acético) e o bicarbonato de sódio libera gás carbônico (CO2) com um progressivo aumento da pressão no interior da garrafa. A pressão aumenta a ponto de a rolha escapar e quando isso acontece, e a água e o ar são violentamente expulsos (ação) empurrando (reação) a garrafa na mesma direção e sentido oposto.
Além de João Victor, fizeram parte da equipe sorocabana: Leonardo Matheus e Luis Augusto Gonçalves Queiroga, ambos com 17 anos e alunos do 3º ano. “Este ano o evento estava bem organizado”, diz Luis. Para Leonardo Matheus é sempre bom participar desses eventos. “Em 2013 nós ficamos em primeiro lugar”, revelam.
O professor de Física da unidade, Edvaldo Gonçalves Barbosa, orientou os alunos. “Cada aluno trouxe um pouco de material. Fizemos um projeto básico e cada dia era uma etapa”, esclarece o professor. A base de lançamento foi produzida com materiais da própria escola. “O que poderia ser reciclado nos utilizamos”, completou João.
Além do alcance do foguete também foi analisado acabamento; originalidade; aerodinâmica; tamanho das aletas; base (segurança, originalidade, robustez, manômetro, estabilidade, gatilho, válvula de aborto etc) e apresentação da equipe (envolvimento de todos os membros, clareza da apresentação, riqueza de detalhes etc.).
