12ª SEMPAT chega ao fim com 400 participantes

Por: Eduardo Santinon – esantinon@sorocaba.sp.gov.br

Foto: Assis Cavalcante

A 12ª Semana Municipal de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SEMPAT) chegou ao fim, na manhã desta sexta-feira (6), com a participação total de aproximadamente 400 pessoas nos eventos que ocorreram desde a última terça-feira (3), reunindo representantes de 42 empresas. A iniciativa é da Secretaria da Saúde (SES), por meio do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador em Sorocaba (CEREST), em parceria como Ministério Público do Trabalho (MPT) de Sorocaba.

O CEREST de Sorocaba atende também outros 32 municípios da região, porém a 12ª SEMPAT teve como foco principal as equipes de empresas locais. “Foi muito positivo, mas a discussão quanto à segurança no trabalho tem que ocorrer no dia a dia. Isso depende de uma mudança cultural, pois o melhor caminho é sempre a prevenção”, apontou o secretário da Saúde, Francisco Fernandes, durante o encerramento da semana alusiva, na Câmara Municipal.

Na ocasião, além das duas últimas palestras da programação, houve a entrega dos certificados aos participantes. Quem não compareceu pode retirar o documento na sede do CEREST (Rua Aparecida, 244 – Jd. Santa Rosália), das 8h às 17h, de segunda a sexta. “Consta no certificado, inclusive, a carga horária cumprida pelo participante, uma vez que a 12ª SEMPAT foi promovida em módulos. Houve 137 pessoas que assistiram a todas as palestras”, explica a coordenadora do CEREST, Fernanda Boécio.

Público

O público-alvo da SEMPAT é o de trabalhadores de todas as áreas, incluindo aquelas que atuam nos setores de Saúde e Segurança do Trabalho, bem como de Recursos Humanos. Dentro da programação ocorreu ainda 3º Encontro Regional de CIPAS. O objetivo do CEREST foi o de alinhar o entendimento sobre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CIPA), mobilizando para o trabalho em equipe.

Fernanda enalteceu a participação de trabalhadores nos eventos da SEMPAT, o que correspondeu a 90% do público total. “Em nenhuma outra edição conseguimos tamanha adesão da classe trabalhadora. Antes, eram mais estudantes universitários. Desta vez também houve muita gente da área da saúde, ligados a hospitais e clínicas”, justifica.

Detalhe é que das 42 empresas participantes da SEMPAT, 23 delas foram convocadas pelo MPT, devido ao histórico de ocorrências ligadas à segurança do trabalho. “Sete não compareceram. Agora vamos encaminhar relatório sobre isso ao MPT. Outras 520 foram convidadas, sendo que destas, 12 marcaram presença”, apontou Fernanda.

Ao mesmo tempo em que cobrou uma legislação mais dura para punir quem não cumpre as normas de segurança no trabalho, o representante do Ministério Público, Roque Camargo Júnior, criticou a pequena participação do movimento sindical e de empresários nos eventos da SEMPAT. “Mas primeiro de tudo, a sociedade precisa enxergar o trabalho como direito e não como castigo.” O ex-vereador, Arnô Pereira, autor do projeto de lei que criou a SEMPAT, defendeu a mesma linha: “É um assunto sério, que envolve vidas”.

Motivação

Já o representante da Comissão Intersetorial em Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador (CISTT) – ligada ao Conselho Municipal de Saúde -, Guilherme Tozzato, reiterou que o desafio é motivar e estimular as categorias a debaterem permanentemente a segurança no trabalho. “Precisamos que essa compreensão cresça nos trabalhadores e na sociedade em geral.”

Neste sentido, a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) pode ser cenário propício para ampliar as ações de garantia de segurança no trabalho. “O CEREST pode ter um papel fundamental, encabeçando esse processo. Deve-se propor ações e a divisão de cotas e gastos, de forma proporcional entre os municípios, para promover iniciativas conjuntas. Hoje em dia é difícil cobrar de cada segmento a sua parte”, finaliza o secretário da Saúde.

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